Sem-titulo
Eu prefiro os sonhos inventados
À realidade crua e fria,
Simples e mortal,
Que me sustenta e me devora.
Eu prefiro a mentira do teatro
Ao tecido inerte,
Do normal e sem cor,
Que me destrói e me refaz.
Eu prefiro o olhar miope do amor
À verdade do sexo,
Do prazer e da dor,
Que me constrói e me desfaz.
Eu quero o odor das rosas de papel,
Criada pelas minhas mãos,
Sem a sufocante macrocefalia,
De mil químicas e evoluções
Eu quero a música do silêncio,
Tocada no meu corpo,
O som mais selvagem,
Da natureza mais feroz.
Só quero tecer o mundo,
Como o acaso o tece.
Ser meu único e eterno,
ser Deus e criador.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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